Especialização. Esse é um termo muito utilizado em diversas empresas. Se especializar é transformar seu profissional em alguém conhecedor de sua área de atuação.
Com certeza a idéia que iria expor aqui, já passou pela mente de inúmeros policiais militares, provavelmente passou até mesmo pela cabeça de nosso atual comandante geral, que já ocupou a cadeira de diretor de ensino e instrução da nossa corporação. A questão é: Por que ainda não nos especializamos?
As Forças Armadas já fizeram isso a bastante tempo. Mas a PMERJ continua permanecendo na inércia, observando os anos passarem sem tentar se atualizar, se especializar. A idéia é simples: A criação de três quadros respectivos para quem passa para a APM D. João VI, o Quadro de Oficiais Combatentes, Quadro de Oficiais Administrativos e Quadro de Oficiais Jurídicos.
Imaginem o seguinte: após o primeiro ano de CFO, onde o aluno oficial (ou cadete, já que utilizamos o termo Academia) aprenderia o básico do serviço policial militar como instruções de tiro, militarismo, abordagens, técnicas de segurança, regimento interno e outras; enquanto que no segundo ano o aluno oficial teria sua formação curricular voltada para uma área especifica, como a de oficial combatente (com a carreira voltada para a área operacional, atuando como comandante de companhia e oficial de operações e supervisão), oficial administrativo (especializado nas seções de uma unidade policial militar, P/1, P/2, P/3, P/4, P/5, e nas seções subordinadas a estas e outras, como na Secretaria); e oficial jurídico (cuja formação no CFO será equivalente ao Curso Superior de Direito, tendo uma formação especializada no setor Penal e Penal Militar, atuando em unidades relativas como Delegacias Policiais Judiciárias Militares, Corregedoria e Batalhão Jurídico da Policia Militar).
Colocando dessa forma é necessária uma reformulação da administração interna da PMERJ, porém essa reforma se faz necessária. Uma questão que é sempre levantada é o que fazer com os atuais policiais militares, a resposta mais prática é que cada policial militar opine sobre a sua locação nos respectivos quadros, obedecendo a um critério quantitativo a ser elaborado através de um estudo da PM/1, sobre as necessidades da corporação.
Estas idéias também se aplicam de forma semelhante para as praças da nossa corporação, cabendo as alterações e adaptações necessárias. Como por exemplo de especialidades temos: curso de armeiro, intendencia, informática, combatente, dentre outras. É certo que tal projeto necessita de mais estudos e de considerações mais trabalhadas, porém sua aplicação é importantíssima e urgente, e irá influenciar diretamente na produtividade, profissionalismo e na imagem da Policia Militar do nosso estado.
Que nossos comandantes pensem e reflitam, pois precisamos evoluir. Ou será que a ingerência política nos afeta até no ensino de nossa corporação?!
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