Ontem amanheci caminhando sobre os mortos. Amanheci tendo como primeiro compromisso a missão de acompanhar meu comandante ao enterro de um amigo, Alexandre Kodlulovich Dias, o 0675. Alexandre era um guerreiro, sonhava em entrar para o BOPE. Ao ver um de meus companheiros de turma que integra o BOPE, identificado pela farda preta, a mãe do Alexandre foi até ele e disse: "O sonho do meu filho era fazer esse curso (o Coesp), ele sonhava com isso todos os dias. Promete que vai me trazer a cabeça do assassino do meu filho, promete?"
Eu engoli a seco aquela pergunta, que era uma mistura de emoção e inconformismo.
Alexandre era cadete da APM (academia de formação de oficiais) e foi morto brutalmente, às 8 da manha, em Sulacap.
Alexandre era um guerreiro, que queria ser oficial da PMERJ. E não, realmente, não mrecia isso. Nos corações de todos lá presentes ficou a saudade do guerreiro, que com certeza seria um diferencial na corporação.
Um guerreiro que escolheu ganhar pouco e arriscar a vida pela sociedade. Ou melhor, ele escolheu somente arriscar a vida pela sociedade. E me vem a pergunta: "Alguma outra classe passa por todos esses momentos, como a nossa corporação?"
Já fui a mais de 8 enterros desde que me formei, a um ano. Enterros de amigos. Será que juízes, promotores e delegados, passam por isso? E será que ganhamos o que merecemos? É lamentável...
E nesse enredo todo resta apenas o choro de uma mãe e o desejo da tropa...
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Cópia do blog do Ten Melquisedec
Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008
DATA LIMITE DE AUMENTO PARA PMs E BMs : 05 DE ABRIL
Amigos Leitores
lembram-se quando da exoneração do Cel PM Ubitaran Ângelo, do comando Geral da PMERJ, que o Chefe do Gabinete Civil do Estado do Rio de janeiro, Sr Régis Fichtner, afirmou ao colunista Jan Theophilo, do Informe do Dia, que o Estado não iria negociar sob pressão e que só falaria de salário em abril ou maio?
Atentem ao que estabelece a Lei Federal nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 :
"Das Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanhas Eleitorais
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
VIII - fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir do início do prazo estabelecido no art. 7º desta Lei e até a posse dos eleitos."
O Significado é o seguinte: O Estado só pode nos dar um aumento até 05 de abril, ou seja, seis meses antes da eleição de 05 de outubro, portanto quando o Sr Régis Fichtner disse que só negociaria em abril ou maio, ele estava seguindo a mesma linha de negociação de 2007, isto é, não irão nos conceder nenhum aumento salarial!
Caros leitores, se até 05 de abril de 2008 o Governador Sérgio Cabral Filho não nos der um reajuste salarial decente, por força de lei, ele só poderá nos conceder este ano os 5% da inflação prevista , portanto o tempo corre contra nós, por isso que eles querem calar o Militar Legal por 30 dias.
OBS.: ISSO VALE PARA TODOS OS SERVIDORES PÚBLICOS DO BRASIL
8 de Fevereiro de 2008 19:25
Jornal ODIA de 09 de fevereiro de 2008 pag 11 caderno geral
POLICIAIS MILITARES INOCENTADOS
O Delegado da Delegacia de Homicídios Luiz Henrique Marques confessou na 7ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Ministério Público que mentiu quando acusou o Sargento Luiz Fernando Correa e o Soldado Paulo Rogério Barbosa de terem soltado um traficante da Favela Parada de Lucas, em 22 de dezembro de 2005, acusando-os, também, de terem recebido R$10.000,00 para soltarem o marginal. A própria promotora da Auditoria de Justiça Milita Isabela Pena De Luca pediu a absolvição dos PMs por ter o Delegado mentido em seu primeiro depoimento..
E agora como ficam estes PMs que foram execrados, presos, tiveram sua vida familiar destruída. Claro o Secretário Beltrame é Delegado vai dizer que foi um errinho normal do seu companheiro Delegado.
As ruas estão cheias de bandidos fardados’
A declaração é do roqueiro Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, que, ao saber do comentário do coronel Jardim, saiu em defesa dos co-irmãos do funk.
"A PM não tem moral nenhuma para falar isso. Não resolve o próprio problema. A sociedade tinha que primeiro parar para pensar porque tem tanto vagabundo no Brasil e qual a causa disso", atacou o músico.
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