quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Funcionalismo Público - Os Escravos da Sociedade Contemporânea


Eu acordo todos os dias e vou para o meu trabalho. Chego, "bato ponto", dou bom dia, produzo às vezes mais, às vezes menos... Meu salário não se altera em relação ao meu rendimento mensal - estabilidade, alguns dizem; - estagnação, é o que eu sinto. A falta de recursos logísticos me levam a um trabalho muito "a quem" do que eu poderia realmente produzir, e a vida de servidor público me arremata a uma realidade de marasmo e incredulidade na melhora.

Certas vezes escuto da sociedade a frase: - Eu pago seu salário! Logo o pensamento que toma minha mente é ainda mais crítico: - Por Deus eu também pago meu próprio salário, e mais, eu pago o salário do meu próprio chefe! Puxa, que sociedade burra. Milhões em arrecadação e onde estão? Governos de primazia nos mostram que o investimento maciço nos três pilares básicos (saúde, segurança e educação), são básicos para alcançar o desenvolvimento de um país, um Estado. E nós investimos nisso? Óbvio que não.

É necessária uma mudança cultural em nossa sociedade, e para tanto se faz necessário um movimento que faça com que a massa popular tome consciência dessa necessidade. A participação social nas decisões emanadas do legislativo, protegidas pelo judiciário e executadas pelo, ora bolas, executivo, devem ser analisadas, criticadas e combatidas - caso estejam em desfavor da opinião da sociedade. Ninguém pode agir, no ofício de um cargo público, de forma reprovada pela maioria social. Nem acertos legislativos, nem decisões do judiciário (sejam elas emanadas por quem for), devem se opor ao clamor social.

Falo agora como tenente policial militar do Estado do Rio de Janeiro. Oficial da PMERJ, que até o momento espera ansioso pelo fim dessa piada social. Se havia alguma dúvida nas minhas intenções futuras, incluindo pretenções políticas, deixo claro que faço e farei o que for possível para contribuir para com a minha corporação e com a sociedade, mesmo porque, como já falei anteriormente, jurei fidelidade à Bandeira Nacional e não a um cargo político. E eu aconselho a quem não entender dessa forma tomar bastante cuidado, pois o limite da história é bem flexível e apesar dos valores sociais hoje estarem ligados ao capital acumulado, pode-se, inesperadamente, ocorrer uma mudança governamental e os pobres empresários, aristocratas e pobres burgueses terem seu "sonho" transformado em "pesadelo"; e isso serve também para os nossos velhos dinossauros.

Quantos homens armados um tenente tem ao seu comando direto em serviço? E um comandante de unidade operacional?

Um comentário:

Anônimo disse...

SÓ O AMOR PERMITE MUDANÇAS NA CONDUTA MORAL